FUNDAMENTOS DA REENCARNAÇÃO
Sidney Fernandes
A Doutrina Espírita não é especulativa, isto é, não nasceu das lucubrações de algum visionário. Ela foi codificada com base nas informações trazidas por sábios espíritos que passaram pela Terra e já se encontravam no plano espiritual. Esses ensinamentos fundamentaram a crença reencarnacionista em três pilares: religioso, científico e filosófico.
Tanto no Velho, como no Novo Testamento, encontramos fundamentos religiosos da reencarnação. Exemplificativamente podemos citar neste texto de Jó o princípio da pluralidade das existências claramente expresso:
Mas será possível que alguém que morra volte a essa vida depois de ter morrido? Quanto a mim, esperarei por dias melhores, até que seja liberado das minhas lutas e do meu árduo labor. Jó, 14:14
Jó se coloca no intervalo de uma existência para a outra, após a morte, e diz que lá aguardará o momento de voltar.
A ideia da reencarnação era familiar ao povo judeu. Ainda a título de ilustração vejamos esta passagem:
Antes que te formasses no ventre, te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. Jeremias, 1:5
A mando do papa Dâmaso, São Jerônimo compilou os textos sagrados do grego para o latim, dando origem à Vulgata, a Bíblia adotada pela Igreja Católica. Havia dezenas de textos sobre a vida de Jesus, muitos dos quais ainda circulam, como apócrifos, geralmente muito fantasiosos, distantes da realidade, como o Evangelho de Maria, de Maria Madalena, de Nicodemos, de Pedro e de Filipe.
Jerônimo aceitava a reencarnação e na compilação dos textos conservou aqueles em que ela aparece claramente. Daí essa contradição: O Catolicismo e as igrejas protestantes e pentecostais negam a reencarnação, mas ela está claramente enunciada no Evangelho. Tentam dar interpretações diferentes daquelas que o próprio texto evidencia.
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