Artigos Espíritas

A mensagem do espiritismo para uma vida melhor

Sidney contribui para diversos órgãos da imprensa espírita e laica, produzindo artigos para reflexões oportunas em todas as épocas. Todos os artigos estão disponíveis nesta seção para você compartilhar em suas redes sociais ou, no caso de jornais e boletins espíritas, utilizar livremente em suas publicações, com a gentileza de citar o crédito do autor.

Boa leitura! E que a mensagem espírita chegue cada vez mais longe!

UMA CAIXA MÁGICA

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Email
Imprimir

UMA CAIXA MÁGICA

Sidney Fernandes– 1948@uol.com.br

Uma garota de 14 anos está sentada em frente a uma mesa redonda e segura uma cesta em cuja parte inferior está encaixado um lápis. Ela está, aparentemente, desenhando espirais, que se transformam em letras, que tomam a forma de palavras, criteriosamente analisadas por vários homens elegantes que a cercam.

Ela estranha a seriedade daqueles senhores e, de vez em quando, ri, descontraidamente. Assim como ela, que se chama Julie, e sua irmã, Caroline, 16 anos, da família Baudin, também se dedicam Ruth Japhet e Aline Carlotti, ambas com 20 anos, à nobre arte de escrever, sob a inspiração dos mortos.

Por intermédio das jovens Julie e Caroline, surgiu o primeiro Livro dos Espíritos, com 501 perguntas e respostas, que, consolidadas pelo Professor Rivail, um daqueles atentos senhores presentes na sala de uma fina Mansão de Paris do século XIX,  criou o Espiritismo.

***

Ao assistirmos ao filme dirigido por Wagner de Assis, Kardec – a história por trás do nome, emocionados, tomamos consciência das dificuldades operacionais por que passou o Codificador, na heroica tarefa que abraçou. 

Para começar, não dispunha de boa iluminação, submetia-se a baixas temperaturas invernais e não possuía, sequer, uma máquina de escrever.

Seus textos eram todos manuscritos, a bico de pena, muito distantes, ainda, da primeira caneta-tinteiro, que somente surgiria em 1884, e mais distantes ainda do computador, da internet e do Google, que tanto facilitam hoje a nossa vida de escritor.

Não obstante torpedeado por todos os lados pela imprensa, pela igreja, pelos materialistas e até mesmo por correligionários, iniciou-se no intercâmbio com o Além, propôs milhares de indagações aos inteligentes espíritos que o assistiam e provou a anterioridade e a continuidade da vida, além da existência física.

Sua marca maior foi a razão, bafejada pelo que denominava Controle Universal das Manifestações, através de inúmeras consultas a médiuns das mais diversas origens, da França ou fora dela.

Não nos esqueçamos da questão financeira. Os primeiros livros foram bancados integralmente por ele, Rivail, que — pasmem, amigos leitores — abriu mão de seu conceituado nome de professor e tradutor, em favor de uma assinatura Allan Kardec —, potencialmente um fracasso de vendagem, por se tratar de um nome desconhecido e pelo total obscurecimento no meio intelectual parisiense.

Lembremo-nos das composições gráficas, das revisões e dos acertos, na unha, sem qualquer equipamento e apoio, a não ser o da culta e doce esposa Professora Amélie Boudet, tudo com muito cuidado, pela grandiosa tarefa de que sabia ser responsável.

***

Fiquemos com Richard Simonetti:

— Tão grandiosa quanto a própria Codificação foi a ação do Codificador.

— “O Livro dos Espíritos” é uma caixa mágica que deve estar sempre aberta em nossas mãos, porquanto libera dons sagrados de conforto e esclarecimento que, muito mais do que uma simples esperança, oferecem-nos segurança diante da vida e alegria de viver.

— Nele está o substrato da sabedoria humana, que nos permite ensaiar um comportamento melhor, uma visão mais ampla de nossas necessidades, uma participação mais ativa pela construção de um mundo melhor.

— Vivenciá-lo plenamente é desafio para séculos de esforço e dedicação. Divulgá-lo não exige tanto assim. Apenas um pouco de boa vontade.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima