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COMO FORAM PRESERVADOS OS EVANGELHOS?

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COMO FORAM PRESERVADOS OS EVANGELHOS?

Sidney Fernandes

No tempo de Jesus, não existiam meios de gravação para registrar seus discursos. Como então os longos sermões foram preservados?
Estudiosos do Evangelho criaram a hipótese da Fonte Q (do alemão Quelle, que significa “fonte”), sugerindo a existência de um documento perdido que teria servido como base para os Evangelhos de Mateus e Lucas. Esses evangelistas teriam utilizado um documento comum, perdido ao longo do tempo, contendo os discursos e ensinamentos de Jesus. Essa fonte explicaria por que alguns trechos dos Evangelhos Sinóticos são idênticos.

Os textos escritos só começaram a surgir cerca de trinta a quarenta anos após a crucificação, e suas diferenças refletem as influências culturais e teológicas das comunidades onde foram registrados.
A tradição oral, embora eficaz, apresentou desafios. A repetição de histórias pode ter provocado pequenas variações e adaptações. É plausível considerar que a tradição oral judaica, altamente sofisticada, permitiu que os ensinamentos fossem memorizados e repetidos com precisão. Bom lembrar também que Jesus utilizava estratégias para facilitar essa memorização, como parábolas, expressões marcantes e a repetição de mensagens em diferentes situações.

No entanto, a base ética e moral das mensagens de Jesus foi amplamente preservada, permitindo que seus ensinamentos atravessassem os séculos. Sob a luz da Doutrina Espírita, pode-se considerar que a preservação dos ensinamentos de Jesus através da oralidade foi assistida por espíritos superiores, garantindo que sua mensagem essencial não se perdesse.
Essa assistência espiritual teria influenciado os evangelistas a registrar os ensinamentos do Mestre da forma mais fiel possível. Além disso, a transmissão oral na cultura judaica era extremamente rigorosa, sendo praticada por mestres religiosos que ensinavam seus discípulos de forma sistemática. Esse método garantiu a perpetuação dos ensinos de Jesus com grande fidelidade.

Outro fator importante foi a prática da repetição constante. Jesus ensinava frequentemente em locais públicos, e seus discursos eram ouvidos por diferentes pessoas em ocasiões diversas. Dessa forma, os ouvintes assimilavam suas palavras e as transmitiam adiante, ajudando na fixação da mensagem.
Os primeiros seguidores de Jesus desempenharam um papel crucial nesse processo. Pedro, João e Tiago, por exemplo, foram responsáveis por disseminar os ensinamentos do Cristo antes que fossem registrados por escrito.

Esses relatos orais formaram a base do que mais tarde seria compilado nos Evangelhos. A confiabilidade dessa transmissão oral tem sido objeto de estudo de historiadores e teólogos. Apesar das limitações inerentes à oralidade, os ensinamentos centrais de Jesus mantiveram-se vivos e influenciaram a formação do Cristianismo primitivo. A tradição oral, assim, cumpriu um papel essencial na perpetuação da mensagem cristã, trazendo para os dias atuais precioso elemento de convicção e de evolução, para os que dispõem a encontrar o verdadeiro caminho da felicidade.

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