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COMPREENDER ANTES DE PRESENCIAR

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COMPREENDER ANTES DE PRESENCIAR

Sidney Fernandes

Assim como o próprio Codificador foi atraído pelos fenômenos de efeitos físicos, muitas pessoas aproximaram-se do Espiritismo, doutrina iniciante, pela curiosidade em torno da fenomenologia. Allan Kardec admitia essa realidade e jamais contestou a sua utilidade. Entendia que, assim como havia ocorrido com ele próprio, os espíritos mandavam à frente os batedores, que provocavam o assombro e a especulação, e em seguida surgia a curiosidade científica, que impele o ser humano a perquirir as causas dos fenômenos.
Advertia, no entanto, que, de dez pessoas completamente novatas no assunto, que assistissem a uma sessão de experimentação, ainda que das mais satisfatórias, poucas sairiam convencidas e algumas delas sairiam mais incrédulas do que antes. Kardec tinha plena convicção de que seria pedir demais à natureza humana transformar-se de uma hora para outra.
Afirmava que, embora o fenômeno fosse importante para atrair e provocar a leitura e a pesquisa, os que liam previamente encontravam nas manifestações a confirmação de seus estudos.
Em uma das questões formuladas, em O Livro dos Espíritos, o Codificador demonstrou todo o seu empenho e desejo de que os espíritos provocassem uma formidável irrupção de fenômenos que poderiam suscitar a convicção até nos mais incrédulos.
Assim responderam os mentores:
— Desejaríeis milagres; mas, Deus os espalha a mancheias diante dos vossos passos e, no entanto, ainda há homens que o negam. Conseguiu, porventura, o próprio Cristo convencer os seus contemporâneos, mediante os prodígios que operou? Não conheceis presentemente alguns que negam os fatos mais patentes, ocorridos às suas vistas? Não há os que dizem que não acreditariam, mesmo que vissem? Não; não é por meio de prodígios que Deus quer encaminhar os homens. Em sua bondade, ele lhes deixa o mérito de se convencerem pela razão.
Em carta recebida de Sr. de Grand-Boulogne, Kardec obteve a confirmação de que ele concordava inteiramente com suas opiniões, entendendo ser necessário compreender o fenômeno mediúnico antes de presenciá-lo.
Daí esse senhor se justificar por admitir em sua casa espírita somente pessoas que já estudaram a teoria espírita, a fim de evitar questões ociosas e objeções. Concluía sua missiva dizendo ter conseguido mais prosélitos por esse sistema do que pela exibição de fatos que não seriam compreendidos.
Encerremos com o oportuno alerta do Codificador de que pouco importa ao homem crer na existência dos espíritos, se essa crença não o transforma em criatura mais benigna, indulgente, humilde, paciente e respeitosa para com seu semelhante.
Assim, poderiam todos os homens acreditar nas manifestações dos espíritos e a humanidade ficar estacionária. Tais, porém, não são os desígnios de Deus. Allan Kardec

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