Artigos Espíritas

A mensagem do espiritismo para uma vida melhor

Sidney contribui para diversos órgãos da imprensa espírita e laica, produzindo artigos para reflexões oportunas em todas as épocas. Todos os artigos estão disponíveis nesta seção para você compartilhar em suas redes sociais ou, no caso de jornais e boletins espíritas, utilizar livremente em suas publicações, com a gentileza de citar o crédito do autor.

Boa leitura! E que a mensagem espírita chegue cada vez mais longe!

Instrumentos de boa vontade

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Deficiências, dores e problemas físicos são meios com que a Providência Divina cura as nossas almas. Eles nos fazem refletir sobre erros cometidos, a fim de que não os repitamos e para que assumamos nova postura perante a vida.

No entanto, muitas pessoas consideram-se privilegiadas e defendem a absurda ideia de que, se o sofrimento faz bem à alma humana, não se deve pôr termo às provas do próximo, pois isso representaria suposto desrespeito à vontade de Deus. Esses desarvorados cruéis encontram-se com a verdade quando retornam mais uma vez ao continente da morte e sentem-se como turistas sem guia que chegam a um país pela primeira vez. Semelhantes criaturas surpreendem-se ao chegar ao plano definitivo, pois contavam, levianos e inconsequentes, com um paraíso de graças para si, graças ao batismo simbólico ou a tardio arrependimento no leito de morte, e com um inferno sem término para os outros.

É certo que as provas devem seguir o curso traçado pelas leis divinas, pois o tempo cura e reconcilia. Conhecemos, por acaso esse curso? Sabemos até onde o sofrimento deve ir? Existirá um momento, para nós desconhecido, em que a Providência dará um basta à dor e escolherá junto dos homens aqueles que servirão de bálsamos para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira.

Temos sido esses instrumentos de boa vontade com os quais os dirigentes espirituais contam, para amenizar ou até suprimir as dores humanas? Está ou passou da hora de arregaçar as mangas e estender os braços, a mente e a vontade em favor dos sofredores de todos os matizes que nos circundam, cumprindo nosso indelegável compromisso com o bem.

Narra o conferencista e escritor Mário Sérgio Cortella, em uma de suas palestras, uma lição inesquecível de seu pai, que era gerente de banco e precisava visitar seus clientes de jipe, por estradas empoeiradas, em dias muito quentes:

Ele chegava em casa no fim da tarde acabado, cansado, com poeira para todo lado. Qual era a primeira coisa que ele falava quando chegava em casa? Em vez de ele xingar, praguejar ou maldizer a vida, ele dizia, tirando um sorriso grande:

“— Filho, olha como eu sou abençoado. Hoje quebrou o jipe na estrada e não estava chovendo. ”

— De uma outra vez ele disse:

“— Olha como Deus é bom comigo. Hoje acabou a gasolina do jipe e só faltavam dois quilômetros para um posto de gasolina. ”

— O que ele nos ensinou? Não foi fingir que a realidade não tinha problema. Não foi autoengano de olhar em volta e alienar-se das dificuldades. Foi não ser derrotado pelas dificuldades. Já bastava a encrenca da falta de combustível para ele ainda ter esmagado a esperança. Já bastava a dificuldade com a quebra do motor do jipe para ele ser derrotado uma segunda vez.

 

Miremo-nos no exemplo dessa criatura que não se preocupava somente com ela mesma e sim também com as pessoas que estavam à sua volta, oferecendo-lhes um gesto de alegria, de solidariedade, de esperança ou de empatia. Pessoas com esse comportamento são expressivos personagens, que, durante suas profícuas vidas, coparticipam da imensa tarefa de consolo, como verdadeiros representantes da bondade suprema na Terra.

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